Cancro do cólon: uma doença curável!

Cancro
Última atualização: 18/07/2022
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O cancro do cólon é dos tumos mais comuns, seja no sexo feminino, seja no masculino. No entanto, mesmo sendo motivo de apreensão, trata-se de um cancro que já tem tratamento e mesmo cura, principalmente se for detetado de forma precoce!

Cancro do cólon, o que é?

cancro do cólon é uma doença do cólon e das células do revestimento do reto, ou mucosa. Destaca-se por ser um tumor tratável e curável.

O seu tratamento pode assumir diversas formas, sendo que após a terapêutica inicial, os doentes deverão ser seguidos para assegurar a identificação de nova doença ou doença persistente, por forma a possibilitar o tratamento adicional dentro de limites razoáveis de tempo. Isto porque a identificação e tratamento precoces oferecem a melhor possibilidade de uma cura a longo prazo e uma vida ativa e produtiva.

As células cancerosas apresentam um crescimento descontrolado e capacidade de se multiplicarem através do corpo (malignidade). O cancro colorretal é mais comum após os 50 anos, mas não é incomum entre as pessoas mais novas.

Como começa o cancro do cólon?

A maioria dos casos de cancro do cólon tem o seu início com a formação de pólipos benignos. Estes são crescimentos planos ou em forma de botão no revestimento do intestino grosso. Ocasionalmente, o seu crescimento produz sintomas como sangramento, obstipação ou sangue nas fezes. Mas, muitas vezes, podem não existir sintomas.

De qualquer forma, estes são os principais sinais a que deve estar atento:

  • Sangue nas fezes, sangramento do reto e/ou alteração na aparência das fezes;
  • Mudança nos hábitos intestinais ou sangue na sanita após evacuar;
  • Fadiga ou fraqueza inexplicável;
  • Anemia;
  • Perda de peso inexplicável ou não intencional;
  • Cãibras persistentes ou dor lombar, cólicas na parte inferior do estômago;
  • Sensação de inchaço ou de desconforto ou vontade de evacuar sem que seja necessário.

Fatores de risco

Como em vários outros tipos de cancro, os fatores de risco, de acordo com a Colon Cancer Coaliton, incluem:

  • A história pessoal ou familiar de cancro;
  • Doenças como colite ulcerosa, doença de Crohn polipose e cancro não polipoide hereditário (a chamada doença de Lynch).
  • Obesidade, tabagismo, consumo de álcool e dieta rica em gorduras.

Como pode ser diagnosticado?

cancro do cólon pode ser diagnosticado de diversas formas, nomeadamente através de um exame endoscópico, como uma retoscopia (visualiza o reto), uma sigmoidoscopia flexível (visualiza o cólon sigmoide e o reto) ou uma colonoscopia (observa o cólon completo). Esta última permite ao médico inspecionar os tecidos do intestino grosso, onde todos os tumores do cólon se iniciam.

Um estudo por raios-X, como um clister opaco também pode identificar o tumor ou cancro. Além disso, um cancro também pode ser identificado durante um exame como uma Tomografia Axial Computorizada (TAC), ou no decurso de uma operação abdominal por outras razões.

Os vários tratamentos disponíveis

Uma vez identificado, o cancro do cólon pode ser tratado primariamente pela cirurgia, sendo a radioterapia e a quimioterapia outras opções aconselháveis ao tratamento. O objetivo da cirurgia é remover completamente o cancro.

Os princípios da cirurgia relativamente ao cancro sugerem que este deve ser removido juntamente com uma margem de tecido normal que o envolve. Tendo em conta que este tecido inclui os vasos sanguíneos que alimentam o intestino, ao serem removidos, os gânglios linfáticos que acompanham os vasos são também removidos. O tecido retirado, ou peça operatória, é depois examinado por um anatomopatologista.

Este vai caracterizar ou classificar por estádios o tumor do intestino, o que vai ajudar a decidir qual o tratamento mais adequado para aquela patologia oncológica no seu estado (preciso) de desenvolvimento.

Mas, antes disto e ainda na fase de desenvolvimento do cancro, este cresce na parede do intestino e eventualmente propaga-se aos gânglios linfáticos do intestino e outros órgãos como o fígado ou pulmões (metástases).

Depois do tratamento curativo (que, como já se referiu, pode incluir radioterapia, quimioterapia, etc., com os sintomas secundários “normais” associados a estas terapêuticas) de um cancro do cólon, o doente deverá submeter-se a exames de avaliação periódicos.

A importância das avaliações periódicas

O objetivo destas avaliações é identificar quaisquer novos cancros, cancros residuais ou seus precursores (células anormais que ainda não se transformaram em patologia; por exemplo, pólipos). Assim, com um acompanhamento permanente do estado de saúde do intestino (e de todo o aparelho digestivo) podem evitar-se patologias a ele associadas ou, se isso já não for possível, mas as enfermidades estiverem, ainda, num estado muito “embrionário”, exterminá-las com uma taxa de sucesso assinalável, permitindo ao doente viver bem por muitos anos.

Aposte no rastreio!

E, por fim, mas não necessariamente de menor importância, o rastreio do cancro do cólon é um método preventivo extremamente importante para detetar o cancro de forma precoce, antes que este possa chegar a um estágio mais avançado e/ou incurável. Na verdade, o seu rastreio é útil mesmo em pessoas que não apresentem sintomas, pois pode ajudar a detetar pólipos no cólon e no reto, que podem evoluir para cancro se não forem intervencionados.

Desta forma, a American Cancer Society recomenda que o rastreio deva começar aos 45 anos para adultos com um risco médio de vir a desenvolver cancro de risco médio. Ou seja, o rastreio é recomendado mesmo em pessoas sem história pessoal ou familiar de cancro colorretal ou certos tipos de pólipos, ou sem história pessoal de doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa ou doença de Crohn).

Se é o seu caso, não adie uma visita ao seu médico para falar sobre o rastreio do cancro do cólon.

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