Podem ocorrer infeções sistémicas malignas em doentes com grande compromisso imunológico, como os portadores de HIV/SIDA e doentes de cancro, submetidos a quimioterapia. Doentes com diabetes e doenças autoimunes tornam-se mais suscetíveis a infeções deste tipo.
A Candida Albicans é o fungo patogénico mais frequente, causando mais de 2/3 das infeções por candidíase.

Cuidados adequados de higiene podem evitar a recorrência da infeção.
Causas da Candidíase
A Candida Albicans faz parte do ambiente normal da boca e da vagina, pelo que é a sua proliferação (e não a sua presença) que dá origem à manifestação da candidíase.
Quando o sistema imunológico está enfraquecido, o fungo pode crescer, provocando lesões:
No caso da boca e língua, a candidíase oral afeta sobretudo doentes que tomam medicamentos esteroides, indivíduos infetados com HIV/SIDA, doentes com cancro que fazem quimioterapia, doentes que tomam imunossupressores, bebés, idosos e pessoas com a saúde debilitada.
Sintomas da Candidíase
- Aparecimento de placas esbranquiçadas na boca, língua ou garganta.
- Ardor na boca, língua e garganta.
- Dor ou dificuldade em engolir.
- Sabor desagradável na boca, língua e garganta.
- Vermelhidão e inchaço na boca e garganta.
- Feridas nos cantos da boca.
Nos bebés, as placas brancas características das lesões por Candida Albicans encontram-se normalmente na parte interior da bochecha, podendo também localizar-se na língua e no palato. O bebé pode mostrar sinais de irritabilidade e dor enquanto está a ser alimentado ou quando lhe põem a chupeta.
Tratamento da Candidíase
Em pacientes com boa imunidade e uma infeção relativamente suave, a aplicação tópica de elixires bucais e a realização de uma boa higiene oral revela-se normalmente suficiente para debelar a infeção.
Pacientes com a imunidade comprometida podem requerer tratamento com medicamentos antifúngicos. A endomicose oral não tratada pode propagar-se assumindo a forma de uma candidíase invasora.
Os bebés devem ser tratados com antifúngicos orais, devendo dar-se especial atenção à esterilização de biberons e chuchas.
Formas de candidíase
Olhos (endoftalmite)
Os sintomas mais comuns encontrados na infeção intraocular por Candida Albicans são:
- Visão turva.
- Dor (menos intensa do que a provocada por infeção bacteriana, o que pode dificultar o diagnóstico).
- Fotofobia e aparecimento de pontos flutuantes no campo de visão.
Os indivíduos muito debilitados podem não apresentar sintoma algum. O tratamento é feito através de antifúngicos orais e tópicos.
Vagina
A candidíase vaginal encontra-se sobretudo associada ao uso excessivo de antibióticos, à diabetes e à gravidez provocando corrimento branco, prurido intenso com ardor, inchaço e vermelhidão vaginal. Apesar de não ser uma Doença Sexualmente Transmissível, o uso de preservativo nesta fase é aconselhável (a infeção nos homens é frequentemente assintomática, havendo, contudo, o risco deste voltar a infetar a mulher).
Cuidados adequados de higiene podem evitar a recorrência da infeção – a região genital deve ser bem limpa e seca, utilizar-se roupa de algodão pouco apertada e não usar produtos de higiene íntima que contenham químicos.
O tratamento da candidíase vaginal é feito através da aplicação de pomadas antifúngicas. Em alguns casos – como o de candidíase vaginal recorrente – pode ser utilizada uma dose única oral de um antifúngico.
Candidíase no Homem
A candidíase no homem é provocada pelo contato íntimo, sem preservativo, com um parceiro infetado. No homem é frequente a infeção não dar sintomas, mas também pode provocar dor e vermelhidão no pénis, dor e ardor durante o ato sexual, vermelhidão, inchaço ou placas esbranquiçadas na glande e corrimento semelhante ao sémen. O tratamento é feito através da aplicação de pomadas antifúngicas.
Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar Isabel Braizinha.

Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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