5 características surpreendentes das mulheres

Quotidiano
Última atualização: 17/08/2022
  • O tópico das diferenças biológicas, psicológicas e sociais entre mulheres e homens tem sido abordado por múltiplos investigadores ao longo dos anos.
  • Existe evidência que sugere diferenças a nível do cérebro, problemas de saúde como a apneia do sono ou a depressão, bem como a nível da longevidade e liderança que têm sido exploradas por diferentes estudos.

A diferença entre homens e mulheres desperta a curiosidade de investigadores há várias décadas. Eis cinco características que diferenciam as mulheres, que têm sido explorados e comprovados pela ciência.

Não vimos de planetas diferentes como defendem alguns livros. Nem existe um cérebro 100% masculino ou feminino com os traços típicos que lhe associamos (sentido de orientação, capacidade de realizar múltiplas tarefas em simultâneo). O que artigos recentes como o de Daphna Joel, investigadora da Universidade de Tel Aviv, concluem que o cérebro humano é um mosaico, com características de ambos os géneros, e que, dentro do mesmo sexo, o cérebro pode apresentar características opostas devido a um vasto leque de condições. Por outro lado, os cientistas reconhecem que há diferenças entre os dois que a biologia pode explicar como certas reações do organismo, a nível físico e psicológico.

1. Cérebro menor, zona associada à aprendizagem maior

Embora as diferenças entre o cérebro feminino e cérebro masculino sejam fonte de alguma discordância na comunidade científica, geralmente, existe consenso sobre o facto de o cérebro feminino tem uma dimensão inferior à do cérebro masculino. Num estudo do Reino Unido, que envolveu mais de 5 mil participantes, vários parâmetros relacionados com o tamanho e funcionalidade do cérebro foram observados, concluindo que o cérebro masculino tem uma tendência para ter um maior volume do que o feminino.

Outro estudo explora diferenças além do tamanho, nomeadamente, no que diz respeito a diferenças em estruturas específicas do cérebro. Estas diferenças são largamente associadas à influência dos cromossomas X e Y durante o nosso desenvolvimento; no entanto, existem outros fatores além do sexo biológico que podem influenciar diferenças de volume nas áreas do cérebro.

Larry Cahill, professor de Neurobiologia e Comportamento da Universidade UC-Irvine, numa entrevista publicada pela Stanford Medicine, afirma que, por outro lado, a sua investigação revela algumas diferenças: nas mulheres, o hipocampo (zona associada à aprendizagem e memorização) é maior; já os homens, é a amígdala (associada à resposta emocional, agressividade) que tem dimensões superiores. O que fascina o cientista e a sua comunidade é, também, o facto que em tarefas idênticas, homens e mulheres ativam zonas cerebrais distintas. Em linha com a teoria que envolve os cromossomas X e Y, estas zonas têm níveis particularmente altos de recetores que interagem com as hormonas sexuais, podendo explicar, em parte, estas descobertas.

E porque importam estas diferenças? Além de possivelmente modularem o comportamento de homens e mulheres, as diferenças em determinadas zonas cerebrais podem ajudar a explicar a incidência de perturbações do espectro do autismo, que é maior no sexo masculino: um estudo recente identificou que um cérebro com características tipicamente masculinas está associado a um maior risco de ter uma condição do espetro do autismo.

No entanto, são necessários mais estudos para compreender a complexidade do cérebro humano, e se estas diferenças podem influenciar, efetivamente, a probabilidade de desenvolver doenças ou de desempenhar determinadas tarefas melhor.

2. As mulheres ressonam menos

Quando o tema é ressonar, os protagonistas são na sua maioria homens (um estudo dos EUA revelou que 24% sofre de apneia, comparativamente a 9% das mulheres). Coincidência? Não. A resposta pode estar nas hormonas que protegem o sexo feminino da apneia do sono e de problemas associados. No entanto, na menopausa, a incidência feminina de apneia aumenta, estando associada a um decréscimo das hormonas estrogénio e progesterona, bem como ao aumento do risco de obesidade.

3. O sexo feminino bate recordes de longevidade

Que o sexo feminino vive mais tempo não é novidade (aliás é uma característica comum a outros mamíferos). Mas por que razão é que entre 53 supercentenários – pessoas com 110 anos –, 51 são mulheres? Esta é a questão que intriga investigadores como Ben Dulken e Anne Brunet, da Universidade de Stanford. Como revelam no estudo, uma das explicações para este fenómeno pode estar na ação das hormonas sexuais (estrogénios e testosterona) têm no envelhecimento das células estaminais, sendo as mulheres favorecidas. 

4. Mais vulneráveis ao stress, mas maior capacidade para lidar com ele

As alterações hormonais a que as mulheres estão sujeitas ao longo da vida podem afetar o seu percurso, sobretudo no que toca ao impacto do stress. Se a isto aliarmos pressões sociais ou os múltiplos papéis que têm na família e sociedade, não será de estranhar que o sexo feminino seja o mais afetado por patologias como a depressão – duas vezes mais frequente nas mulheres, afirma um artigo da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Num estudo de 2010, a American Psychological Association identificou que as mulheres reportam sintomas de stress mais frequentemente que os homens, sendo que são também elas as primeiras a procurar ajuda, ao contrário do sexo oposto, recebendo mais frequentemente tratamento para essa condição, quer a nível farmacológico, quer com sessões de terapia.

5. Sexo feminino: melhores líderes

Íntegras, honestas, conseguem superar desafios difíceis, são eficazes na gestão de equipa e têm uma iniciativa superior à masculina. A liderança feminina destaca-se pela positiva. Segundo um estudo realizado em 2011 com 16 mil líderes (apenas um terço feminino) e divulgado pela Business Insider, o sexo feminino foi superior em 14 das 16 competências avaliadas. Um dos pontos que distinguiu as mulheres como boas líderes é o hábito de perguntar o que pode ser melhorado e tomar medidas nesse sentido, uma característica presente em ambos os sexos no início de carreira mas que após os 40 anos tende a desaparecer no sexo masculino.

Em conclusão…

Existe ainda muito que explorar a nível das diferenças entre mulheres e homens, e este será um tópico que continuará a despertar o interesse de investigadores de todo o mundo. No entanto, é importante referir que, embora a biologia explique algumas das diferenças entre o sexo feminino e masculino, os contextos sociais, económicos e até geográficos podem também influenciar as diferenças até entre pessoas do mesmo sexo.

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