A calvície é um tipo de queda de cabelo tipicamente masculina mas que pode atingir também algumas mulheres. Este é um problema que afeta 60% da população portuguesa, mas sabia que quando identificada numa fase precoce a calvície pode ser travada? Conheça melhor este problema e as soluções.
Estima-se que numa pessoa com um cabelo saudável cerca de 15% dos folículos esteja em período de repouso – a fase após o crescimento e que culmina com a queda do fio. Este é o ciclo natural de evolução capilar que, quando afetado, se traduz em problemas capilares como a calvície, também denominada de alopecia androgénica. Em Portugal 60% da população sofre desta patologia do couro cabeludo que tem uma origem hereditária. Saiba quais são os primeiros sinais e que tratamentos existem para travar ou reverter esta contagem decrescente.
O que é a calvície?
Marcada por uma evolução lenta e gradual, que tem início na idade adulta, a calvície é a principal preocupação capilar do sexo masculino, embora também possa afetar as mulheres. Na sua origem está uma informação pré-definida em termos genéticos de que aquele indivíduo a determinada altura da sua vida poderá estar suscetível a perder cabelo. Dá-se a consecutiva miniaturização do folículo capilar até à sua extinção, originando zonas calvas.
Como podemos identificar a calvície?
Também conhecida por alopecia de padrão hereditário, nos homens este problema está associado à hormona masculina – testosterona – que, em contacto com os recetores dos folículos, se transforma em dihidrotestosterona (DHT), uma hormona que leva à aceleração dos ciclos de crescimento/queda de cabelo, culminando na atrofia folicular. Nas mulheres, o processo é semelhante mas deve-se à redução dos estrogénios.
O mecanismo é semelhante em ambos os sexos, embora se apresente de forma distinta:
- Nas mulheres manifesta-se principalmente na fase da menopausa, devido à redução dos estrogénios, com uma queda difusa, que abrange todo o couro cabeludo afetando sobretudo as zonas centrais. No entanto, durante a gravidez pode também ocorrer uma queda acentuada de cabelo, devido ao aumento da produção de estrogénio que resulta em desequilíbrios hormonais.
- Nos homens os primeiros indícios podem surgir no início da idade adulta, embora seja mais comum com o avançar da idade. A queda afeta a zona temporal e o topo da cabeça (coroa), permanecendo, por vezes, o cabelo apenas nas zonas laterais e posterior.
Sintomas
Estima-se que aos 50 anos, a maioria das pessoas com esta predisposição genética apresente algum grau de calvície. Os principais sinais são a perda de densidade capilar – os fios ficam mais finos e mais espaçados no couro cabeludo – e a queda de cabelo de forma persistente (ao pentear, na almofada). Por norma, no sexo masculino, a primeira zona a ser afetada é a parte frontal do crânio (entradas), nas mulheres essa linha fisionómica mantém-se mas o cabelo fica globalmente mais rarefeito.
Procurar ajuda médica
Diagnosticar o problema capilar para agir atempadamente é fundamental. Na consulta de avaliação capilar o médico analisa o historial clínico do paciente (presença de antecedentes familiares de calvície) e faz uma observação do couro cabeludo, muitas vezes auxiliado por um dermatoscópio (aparelho que permite uma observação microscópica). No caso feminino, poderão ser solicitadas análises ao sangue e ecografia abdominal para despistar eventuais desequilíbrios hormonais.
Que complicações podem estar associadas à calvície?
A alopecia pode estar associada a alguns problemas do foro psicológico, como ansiedade, depressão e doenças de personalidade, dado que tem um forte impacto na autoestima e na confiança de quem sofre desta patologia.
Os principais tratamentos
Apesar da herança genética, este processo pode sofrer influência de fatores externos que o agravam (stress, alimentação, produtos ou técnicas de cabeleireiro agressivas) ou que podem retardar a queda, como os cuidados capilares. Do ponto de vista preventivo, são várias a opções que permitem contrariar a ação DHT e preservar o crescimento capilar, como a aplicação local de soluções tópicas ou de moléculas através de mesoterapia. Quando o problema está instalado, a solução pode passar pelo transplante capilar que consiste na extração de folículos saudáveis noutra zona do couro cabeludo (regra geral a nuca) e posterior implantação na área afetada. Esta técnica é realizada por uma equipa médica/enfermagem de forma manual ou através de equipamento robotizado e permite recuperar a densidade capilar em zonas onde a falta de cabelo é definitiva.
A calvície ou alopecia androgenética é o principal tipo de queda de cabelo. Hoje, graças aos avanços médicos e tecnológicos – como o transplante capilar – já é possível recuperar a densidade e linha fisionómica capilar. Existem vários tratamentos capilares à sua disposição, procure um especialista para perceber qual a solução mais adequada para o seu caso.

Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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