7 perguntas e respostas sobre saúde infantil

Saúde e Medicina
Última atualização: 11/06/2024
  • É normal os pais terem dúvidas sobre a saúde e o desenvolvimento dos seus filhos.
  • Saber quando levar o filho ao médico é crucial para um acompanhamento adequado.
  • Cada criança tem o seu próprio ritmo para aprendizagens e aquisições.
check-up saúde

Sentir dúvidas sobre a educação e desenvolvimento dos filhos faz parte da experiência parental.

Desde a alimentação até às preocupações relacionadas com o desenvolvimento infantil, os pais frequentemente enfrentam inúmeras dúvidas sobre a saúde dos seus filhos.

Neste artigo, reunimos 7 perguntas e respostas sobre a saúde infantil para transmitir conhecimento e segurança, e promover a tomada de decisões informadas para o bem-estar dos mais novos.

Qual é o tempo de ecrã recomendado para as crianças?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças com menos de 1 ano não devem ser expostas a dispositivos digitais, enquanto as crianças com idades compreendidas entre 1 e 5 anos devem limitar o uso de ecrãs (televisão, telemóvel, tablet, computador ou consolas de jogos) a uma hora ou menos por dia.

A supervisão e monitorização a intervalos regulares é essencial para tirar o maior partido da utilização destes aparelhos, evitando a dependência e outras consequências associadas.

Esta organização salienta ainda que as crianças precisam de passar mais tempo envolvidas em atividas físicas que não promovam o sedentarismo.

Quais os sinais de alerta do desenvolvimento infantil?

Segundo a OMS, 1 em cada 5 crianças pode apresentar perturbações de desenvolvimento, como dificuldades na aprendizagem, Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, Perturbação do Espectro de Autismo, deficiência intelectual, entre outras.

Os sintomas de alterações no desenvolvimento variam dependendo do tipo, começando a manifestar-se, na sua maioria, no primeiro ano de vida da criança.

Os sinais de alerta podem incluir:

  • Atrasos em rolar o corpo, sentar, gatinhar e andar;
  • Dificuldades com habilidades motoras finas;
  • Dificuldades em compreender o que os outros dizem;
  • Dificuldades na resolução de problemas;
  • Dificuldades nas interações sociais;
  • Dificuldades em falar ou fala tardia;
  • Dificuldade em lembrar-se das coisas;
  • Incapacidade de associar ações com consequências.

Ao longo dos primeiros anos de vida, as crianças desenvolvem diversas competências, adquiridas cada uma a seu tempo e ritmo. Existem várias formas dos pais promoverem uma estimulação equilibrada nas aquisições dos filhos.

Em caso de alerta na presença de alguma alteração no desenvolvimento psicomotor, é fundamental consultar um pediatra.

Febre: quando procurar assistência médica?

A febre é um mecanismo para a produção de defesas contra a ação de determinado agressor, vírus ou bactéria no corpo. Consiste no aumento da temperatura corporal, normalmente situada entre os 36 e 37 graus Celsius, para valores acima dos 38 graus (temperatura axilar).

Todas as crianças têm febre, mas na maioria dos casos recuperam completamente após alguns dias.

Na presença de um ou mais destes parâmetros, é recomendável que a criança seja encaminhada para avaliação por um especialista em saúde:

  • menos de 3 meses de idade;
  • temperaturas axilares superiores a 40,0° C ou temperaturas retais superiores a 41,0° C;
  • febre com duração superior a 5 dias;
  • sonolência excessiva ou dificuldade em adormecer;
  • irritabilidade e/ou gemido mantido;
  • choro inconsolável;
  • intolerante ao colo;
  • dores;
  • convulsões;
  • aparecimento de manchas na pele nas primeiras 24 a 48 horas de febre;
  • respiração rápida com cansaço;
  • tosse e expetoração esverdeada ou acastanhada;
  • vómitos repetidos entre as refeições;
  • sede insaciável;
  • lábios ou unhas roxas e/ou tremores intensos e prolongados na subida de temperatura;
  • dificuldade em mobilizar um membro ou alteração na marcha;
  • urina turva e/ou com mau cheiro.

Falta de apetite nas crianças: como resolver?

As refeições podem transformar-se em momentos desagradáveis quando a criança se recusa a comer. Os motivos para essa rejeição podem variar: falta de apetite, sentir-se pressionada, resistência típica das crianças pequeninas, chamadas de atenção ou manipulação aos pais, aversões a alguns alimentos, entre outros.

É importante identificar o motivo que gera a recusa da criança e tomar medidas adequadas para melhorar a situação:

  • Mesmo que não queira comer, é aconselhável que a criança permaneça à mesa com a família;
  • Manter o bom ambiente nas horas das refeições, sem comentários sobre o que a criança come, nem distrações de brinquedos ou meios digitais. Além disso, é fundamental o exemplo dos pais de como se deve comer;
  • Verificar se as porções servidas estão adequadas à idade da criança. Em fases de menos apetite, servir porções mais pequenas;
  • Estabelecer uma rotina de 5 a 6 refeições com horários e intervalos adequados para que os lanches não interfiram no apetite para as refeições principais;
  • Não apelar através de prémios ou castigos. Por exemplo, não usar a sobremesa como incentivo para terminar a refeição;
  • Não trocar a refeição principal por outro alimento. Se a criança não quiser comer, pode-se aguardar algum tempo até que surja a fome;
  • Sempre que possível, envolver a criança na preparação das refeições;
  • Devido à capacidade gástrica dos mais novos, limitar a ingestão de líquidos (sumos e água) durante as refeições;
  • Substituir o alimento recusado por outro do mesmo grupo nutricional, pois insistir exageradamente num alimento específico pode gerar maior desconforto.

Deve-se vacinar as crianças?

Segundo a Unicef, as vacinas podem salvar vidas. No caso do sarampo, por exemplo, entre 2000 e 2018, as vacinas contra esta doença infeciosa preveniram a morte de 23 milhões de pessoas, especialmente crianças.

É fundamental vacinar as crianças para as proteger contra doenças que podem ter consequência graves ou até levar à morte.

Além disso, a vacinação é importante para evitar o regresso de doenças já erradicadas em muitas países como o sarampo, difteria e pólio.

Salienta-se ainda que as vacinas são extremamente seguras e os efeitos secundários são muito raros.

Como prevenir o aparecimento de cáries precoces nas crianças?

São várias as medidas que auxiliam a prevenção de cáries na primeira infância (até aos 6 anos de idade):

  • Promover a amamentação materna pelo menos até aos 4-6 meses de idade;
  • Colocar apenas leite ou água no biberão e evitar líquidos açucarados;
  • Assim que surjam os primeiros dentes, promover a higiene oral, pode ser com uma gaze, dedeira ou escova macia;
  • Quando a criança começar a comer sólidos, evitar o consumo de produtos processados e/ou açucarados;
  • A primeira ida ao dentista deve ser realizada quando os primeiros dentes de leite erupcionam ou até à criança completar o primeiro ano de vida, de modo a estabelecer um programa preventivo de saúde oral;
  • A criança deve ser observada pelo dentista a cada seis meses. Em situações de elevado risco de cárie, esta periodicidade passa para intervalos de três meses.

Como estabelecer uma rotina de sono adequada para as crianças?

Uma a boa noite de sono é essencial para o bem-estar dos bebés e das crianças. Para tal, é essencial implementar uma rotina consistente:

  • Antes do horário de ir dormir, diminuir os estímulos e manter o ambiente calmo apenas com uma luz de presença;
  • Criar uma rotina consistente para que a criança compreenda que está na hora de ir dormir;
  • À noite, durante a rotina (muda da fralda, amamentação, lavagem dos dentes, etc) evitar estimular ou brincar para não despertar a criança;
  • Deitar a criança na cama quando já está sonolenta;
  • Durante o dia, estimular, conversar e brincar, aumentando o tempo em que a criança permanece ativa, para que tenha mais sono à noite. Contudo, salienta-se, que não se deve interferir nos padrões de sono da criança, apenas promover momentos ativos;
  • Se a criança não conseguir adormecer, verificar se existe algum incómodo (se está molhada, tem fome ou outros motivos), de preferência, sem ligar a luz, brincar ou pegar, para não desencadear mais estímulos.

Salienta-se que o acompanhamento regular com o pediatra desempenha um papel crucial na promoção da saúde infantil, permitindo a identificação precoce de distúrbios, a orientação adequada aos pais e a aquisição de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.

Este artigo foi útil?

Conselho cientifico

Conteúdo revisto

pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

A presente informação não vincula a AdvanceCare a nenhum caso concreto e não dispensa a leitura dos contratos de seguros/planos de saúde nem a consulta de um médico e/ou especialista.

Downloads

Consulte os nossos guias para hábitos saudáveis:

Sympton Checker

Utilize a nossa ferramenta de diagnóstico de sintomas.

Programas AdvanceCare relacionados

Artigos relacionados