Hipertensão: tudo o que precisa saber
- A hipertensão figura entre os principais problemas de saúde pública cardiovascular.
- Ter um estilo de vida saudável pode reduzir os riscos e a necessidade de medicação.
- Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos.
Medidas de prevenção e acompanhamento médico ajudam a reduzir complicações.
A hipertensão figura entre os principais problemas de saúde pública cardiovascular.
É um dos principais fatores de risco para enfarte agudo do miocárdio, AVC, insuficiência renal e mortalidade prematura.
Ter um estilo de vida saudável pode reduzir os riscos e a necessidade de medicação.
Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos.
A hipertensão tem prevalência elevada a nível global e é um dos principais fatores de risco para doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal e mortalidade prematura.
Estima-se que cerca de 1,4 mil milhões de adultos (com idades compreendidas entre os 30 e os 79 anos) vivam com hipertensão, sendo que cerca de 44 % não estão cientes da sua condição. Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos e só cerca de metade é que tem conhecimento disso.
O que significa ter hipertensão?
A hipertensão, ou pressão arterial elevada, ocorre quando a força do sangue a circular nas artérias é elevada de forma persistente. Em termos simples, cada vez que o coração bate, bombeia sangue para as artérias; se a pressão exercida for demasiado elevada com regularidade, as artérias e diversos órgãos ficam sujeitos a desgaste. A hipertensão não causa sintomas visíveis e muitas pessoas desconhecem que a têm, pelo que a medição da pressão arterial é essencial.
De acordo com as orientações internacionais da OMS, bem como as normas da DGS, considera-se hipertensão quando, numa avaliação em dois ou mais dias, a pressão arterial sistólica é igual ou superior a 140 mmHg ou a diastólica é igual ou superior a 90 mmHg.
Quando e como medir a pressão arterial?
Se tem mais de 40 anos, sofre de excesso de peso, tem antecedentes familiares de doença cardiovascular ou outros fatores de risco (diabetes, tabagismo, etc.), é recomendável que medição pode ser realizada no centro de saúde, na farmácia ou em casa com dispositivo certificado e se os valores se mantiverem elevados, deve procurar avaliação médica.
Quais são as principais causas e fatores de risco?
Existem fatores de risco “não modificáveis” e “modificáveis”. Nos primeiros estão incluídos: ter uma idade mais avançada, antecedentes familiares de hipertensão ou possuir determinadas doenças crónicas, como a diabetes.
Já os fatores de risco modificáveis são todos aqueles que se podem controlar, como por exemplo, excesso de peso ou obesidade, o consumo elevado de sal, o sedentarismo, a ingestão excessiva de álcool, o tabagismo e ter uma alimentação pouco equilibrada.
O que alterar no estilo de vida para reduzir a pressão arterial?
Várias medidas de estilo de vida mostram-se eficazes no controlo ou na prevenção da hipertensão. Eis algumas das mais relevantes:
- Redução da ingestão de sal: menos de 5 g por dia (equivalente a cerca de 1 colher de chá) como valor de referência.
- Ter um peso saudável: a manutenção de um peso adequado pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
- Prática de exercício físico: pelo menos 150 minutos por semana de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa (ou combinação).
- Alimentação saudável: privilegiar frutas, hortícolas, leguminosas e cereais integrais, reduzindo o consumo de gorduras saturadas e de alimentos processados.
- Limitar o consumo de álcool e cessar o tabagismo.
- Gestão do stress e ter um sono adequado.
Quais as complicações a longo prazo se a hipertensão não estiver controlada?
Quando a hipertensão não é controlada, o risco de várias doenças e condições graves aumenta consideravelmente.
As principais comorbilidades associadas podem incluir:
- Doença coronária (enfarte do miocárdio, angina);
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Insuficiência cardíaca e hipertrofia do coração (aumento do volume);
- Doença renal crónica e falência renal;
- Doença dos olhos (retinopatia hipertensiva)
- Aumento do risco de aneurismas;
- Maior probabilidade de mortalidade prematura.
Qual o tratamento e quando procurar um especialista?
Se alterar os hábitos de vida não for suficiente para baixar os níveis da pressão arterial, então será necessário consultar um profissional de saúde para avaliação e orientação adequada.
A intervenção precoce e o controlo rigoroso reduzem o risco de complicações. Contudo, as orientações da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) recomendam a combinação de farmacologia com estilo de vida como padrão de tratamento.
Em suma, a hipertensão é muito comum e, muitas vezes, assintomática, mas pode ter consequências sérias se não for detetada e controlada.
A medição regular da pressão, a alteração de estilo de vida e o acompanhamento médico são medidas fundamentais para prevenir complicações mais graves relacionadas com a hipertensão.
Caso não tenha medido a sua pressão arterial recentemente e apresenta algum dos fatores de risco mencionados acima, é importante que o faça num futuro próximo e tente adotar algumas das alteraçãos de estilo de vida supracitadas.
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Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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