O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia neurológica grave motivada por uma falha ou falta de irrigação de uma zona do cérebro. Geralmente ocorre devido à rotura de um vaso sanguíneo cerebral ou ao seu bloqueio, provocado pela presença de placas de gordura que aderem às paredes das artérias. Isto faz com que esta zona do cérebro não receba oxigénio, levando à morte de algumas células.

A hipertensão é um dos maiores fatores de risco de AVC, para além de doença cardíaca, colesterol elevado, obesidade, tabagismo e ingestão excessiva de álcool.

O AVC continua a ser a primeira causa de morte em Portugal e a segunda em todo o mundo.

Angiografia do cérebro de um paciente após um acidente vascular cerebral (AVC).

O acidente vascular cerebral pode ter consequências graves, pelo que é importante agir rapidamente ao aparecimento dos primeiros sinais de alarme.

Tipos de AVC

O acidente vascular cerebral pode dividir-se em dois tipos:

  1. AVC Isquémico – Acontece quando o fornecimento sanguíneo ao cérebro é interrompido por um coágulo ou placa de aterosclerose que bloqueia a artéria.
  2. AVC Hemorrágico – Também designado por derrame, o AVC hemorrágico surge quando um vaso sanguíneo rompe e provoca uma hemorragia. 

Causas do AVC

As razões que explicam a ocorrência de um acidente vascular cerebral dependem do tipo em causa:

  • AVC Isquémico – Na origem deste problema pode estar a trombose cerebral (coágulo forma-se na artéria que faz a irrigação cerebral), embolia cerebral (coágulo é transportado pela corrente sanguínea até ao cérebro) ou bloqueio de vasos sanguíneos no cérebro. Os coágulos podem resultar da acumulação de gordura nas artérias.
  • AVC Hemorrágico – A hemorragia pode ocorrer no cérebro (hemorragia intracerebral) ou à superfície, na zona entre o cérebro e o crânio. A rutura dos vasos sanguíneos na origem do problema pode ser consequência de hipertensão arterial, traumatismo, fármacos anticoagulantes ou aneurisma (enfraquecimento das paredes dos vasos).

Existem ainda vários fatores que podem constituir um risco acrescido de AVC:

  • Hipertensão, diabetes, colesterol elevado, doença cardíaca ou acidente vascular cerebral anterior.
  • História familiar de AVC.
  • Excesso de peso, sedentarismo.
  • Alimentação desequilibrada.
  • Fumar, consumir drogas e bebidas alcoólicas.
  • Lesão anterior na cabeça.

Sintomas do AVC

O acidente vascular cerebral pode ter consequências graves, pelo que é importante agir rapidamente ao aparecimento dos primeiros sinais de alarme. Os principais são:

  • Formigueiro, entorpecimento, perda de sensibilidade ou paralisia na cara, braço ou perna.
  • Dificuldade em mover um lado do corpo.
  • Desvio da boca para um dos lados.
  • Dificuldade em falar ou compreender.
  • Perda súbita de visão (num olho ou em ambos).
  • Dor de cabeça intensa, sem razão aparente.
  • Dificuldade em caminhar, equilibrar-se ou coordenar os movimentos.

Deve pedir ajuda médica se notar o aparecimento repentino destes sintomas.

Quando os sintomas desaparecem naturalmente após alguns minutos ou até 24 horas, trata-se de um Acidente Isquémico Transitório (AIT).

Nestes casos, deve procurar igualmente ajuda médica para que possa ser avaliado e prevenido o agravamento de sintomatologia e a ocorrência de um AVC. Apesar do desaparecimento dos sintomas, o AIT é um alerta sério que requer exame e acompanhamento médico urgente.

Tratamento do AVC

O diagnóstico do acidente vascular cerebral é feito com base na análise dos sintomas e na história clínica do paciente. Através de uma tomografia computorizada (TAC) é possível avaliar se se trata de um AVC isquémico ou hemorrágico, e perceber a dimensão e localização do mesmo.

Para além dos exames imagiológicos ao cérebro e artérias, são também analisadas as funções de deglutição e movimento, tensão arterial e os níveis de glicose no sangue.

O tipo e extensão dos danos irão determinar as opções de tratamento e a duração para cada caso. O tratamento poderá englobar:

  • Medicamentos.
  • Cirurgia.
  • Fisioterapia para recuperar a mobilidade e coordenação motora.
  • Terapia ocupacional.
  • Terapia da fala.
  • Apoio psicológico.

 

Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.

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