Síndrome de Asperger

A síndrome de Asperger é uma perturbação neuro-comportamental que se manifesta desde a infância. Insere-se na categoria das perturbações do espetro do autismo, um grupo de doenças do foro neurológico que se caracteriza pela dificuldade de interação social, comunicação e comportamentos estereotipados e repetitivos. É a mais comum das perturbações do espetro do autismo e considerada uma das formas mais ligeiras.

As pessoas com síndrome de Asperger podem sofrer de outros problemas como por exemplo: hiperatividade, défice de atenção, ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo-compulsivo.

Síndrome de Asperger A síndrome de Asperger manifesta-se desde a infância.

Atinge sobretudo o sexo masculino e pode ser diagnosticada na infância, a partir dos dois anos.

Causas da Síndrome de Asperger

A origem desta perturbação não é conhecida. Sabe-se que tem uma forte componente genética, sendo mais frequente em famílias com antecedentes e estima-se que seja influenciada por outros fatores ambientais e biológicos, ainda por especificar.

Sintomas da Síndrome de Asperger

O diagnóstico da síndrome de Asperger é complexo, mas existem alguns sinais de alarme que justificam a consulta médica:

  • Falta de ritmo, tom peculiar ou monótono do discurso.
  • Fracas competências sociais na interação com os outros, dificuldade na aceitação das regras.
  • Interesses restritos – recolha de dados e discurso centrados num tema específico.
  • Comportamento repetitivo, com rotinas rígidas.
  • Comportamento social desajustado ou excêntrico.
  • Capacidades motoras abaixo do padrão etário (andar de bicicleta, apanhar a bola) e dificuldades na coordenação de movimentos.
  • Competências comunicativas limitadas, a nível verbal e não verbal: atraso na linguagem, recursos linguísticos pobres, interpretação literal, pouca criatividade/imaginação.
  • Dificuldade em expressar e interpretar emoções.

Tratamento da Síndrome de Asperger

O diagnóstico da síndrome de Asperger é feito por um pediatra ou neuropediatra com base num conjunto de critérios comportamentais. Não existe um teste ou biomarcador que permitam diagnosticar esta disfunção.

O tratamento varia consoante o caso e, visto não existir uma cura para a doença, visa um acompanhamento da pessoa para superar as dificuldades ou sintomas associados. A abordagem pode ser combinada e englobar:

  • Medicamentos – para tratar patologias, como a ansiedade.
  • Psicoterapia/Terapia Comportamental – para desenvolver competências sociais, estratégias de coping para lidar com as emoções.
  • Terapia física ou ocupacional – para desenvolver a capacidade motora.
  • Terapia da fala – por forma a corrigir e desenvolver as competências comunicativas.

O treino parental, através de técnicas comportamentais, permite que seja feito em casa um acompanhamento adaptado à pessoa com síndrome de Asperger.

Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar, Isabel Braizinha.

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