Tosse Convulsa (Coqueluche)

Tosse Convulsa (Coqueluche)

Tosse convulsa

Bactéria da coqueluche

A Tosse convulsa (coqueluche) é a doença causada pela Bordetella pertussis, uma bactéria da família dos bacilos aeróbicos gram negativos, altamente contagioso, que causa tosse violenta e incontrolável. Podendo atingir pessoas de qualquer faixa etária, a tosse convulsa tem, tradicionalmente, uma maior incidência nos bebés e crianças pequenas. É uma patologia altamente infeciosa, que apresenta uma taxa de 70% a 100% de incidência.

Após a década de 40, a vacinação (difteria, tétano e pertussis – DTP) permitiu um enorme decréscimo da incidência da doença. A Tosse convulsa é uma doença grave que pode causar incapacidade permanente nas crianças, e até mesmo a morte.

A vacina constitui a melhor forma de prevenir a doença, mas nem a imunidade nem a infeção conferem uma proteção prolongada, pelo que a vacina deve ser administrada de forma periódica.

A tosse convulsa tem uma duração de aproximadamente 6 a 12 semanas, e apresenta três estadios clínicos:

1- Fase catarral

2- Fase Paroxística

3- Convalescença

Causas de Tosse Convulsa

A tosse convulsa é transmitida através de gotículas produzidas durante o acesso de tosse, atingindo a via área daqueles que estão em contacto com o paciente infetado pela bactéria.

Sintomas de Tosse Convulsa

Os sintomas e sinais variam de acordo com a fase em que a doença se encontra:

Fase Catarral – tem uma duração de 7 a 14 dias. Manifesta-se através de rinorreia, lacrimejo, febre e tosse seca.

Fase paroxística (convulsiva)- tem uma duração de 1 a 4 semanas. Manifesta-se através de:

  • 5-10 episódios de tosse durante uma expiração.
  • Guincho na inspiração forçada.
  • Vómitos pós-tosse.
  • Em cada 24 h ocorrem cerca 30 episódios destes.
  • Durante o paroxismo (convulsões) pode ocorrer, o Cianose (coloração azul-arroxeada da pele), olhos salientes, sialorreia, lacrimejo e distensão das veias do pescoço.
  • Febre alta.
  • Normalmente a criança fica assintomática entre os episódios de tosse.

Fase de convalescença – tem uma duração de 1 a 2 semanas:

 

A frequência e gravidade da tosse começam a diminuir. Neste período, o paciente fica suscetível, podendo ocorrer paroxismos caso o paciente apresente uma infeção respiratória concomitante.

Os lactentes menores de 6 meses podem apresentar uma clínica atípica, sem guincho, para além de uma fase catarral mais curta, paroxismos sem guincho, cianose e ou apneia.

As crianças maiores de 10 anos também apresentam manifestações clínicas menos intensas, com paroxismos sem guincho.

As complicações em adultos e adolescentes são incomuns, mas incluem síncope, distúrbios do sono até fartura de costelas.

Os lactentes podem apresentar quadros mais graves com pneumonia convulsões e encefalopatia. Os óbitos são raros e afetam, principalmente, os menores de 6 meses.

Pacientes nopós tosse convulsa podem apresentar tosse paroxística mesmo após estarem assintomáticos, caso contraiam uma nova infeção respiratória

Tratamento de Tosse Convulsa

O tratamento deve ser iniciado assim que houver suspeita clínica (mesmo antes dos resultados dos testes laboratoriais).

Se iniciado atempadamente, os antibióticos como eritromicina podem resolver os sintomas com mais rapidez. Quando iniciados tardiamente, os antibióticos ajudam sobretudo a controlar o contágio.

Todas as pessoas que tenham contatado com alguém infetado devem receber profilaxia com antibiótico.

Crianças com menos de 18 meses precisam de supervisão constante, pois a sua respiração pode parar temporariamente durante os ataques de tosse. Bebés que apresentam casos graves devem ser hospitalizados

O paciente deve ficar afastado da escola ou do trabalho durante pelo menos cinco dias desde o início da antibioterapia.

Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.

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