A tricotilomania consiste na perda de cabelos devido ao ato repetido de puxar ou torcer o cabelo até o partir. Este distúrbio caracteriza-se por um impulso automático, assumindo a forma de um ritual diário, de puxar cabelos ou pelos, que afeta cerca de 4% da população.

A tricotilomania pode ser transitória, episódica ou contínua, e a sua intensidade pode variar, sendo que uma pessoa pode passar semanas ou meses sem sintomas e de repente ter uma recaída. Antes de arrancarem os cabelos, os indivíduos encontram-se sob pressão interna experimentando, posteriormente, grande alívio no ato de arrancar os cabelos (apesar de se sentirem bastante lesadas pelo distúrbio).

As consequências da tricotilomania existem em vários graus:

  • Pequenas falhas nos cabelos.
  • Áreas de alopécia.
  • Calvíce total.
Tricotilomania Mancha de alopécia provocada por tricotilomania.

A tricotilomania é 4 vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens.

Causas de Tricotilomania

O distúrbio resulta normalmente da conjugação de vários fatores distintos:

  • Psicológicos – medo, dificuldade de expressão de emoções e estados depressivos.
  • Neurobiológicos.
  • Genéticos – o transtorno surge com mais frequência em indivíduos com familiares com o mesmo distúrbio. Isto pode ser atribuído tanto à herança genética como também ao comportamento aprendido.

A tricotilomania agrava-se com:

  • Emoções negativas, como stress, ira ou tristeza.
  • Atividades sedentárias.
  • Atividades como leitura, telefonemas, trânsito ou televisão.
  • Quando as pessoas estão sozinhas, cansadas ou a tentar adormecer.

Sintomas de Tricotilomania

Os sintomas têm início na infância ou na adolescência.  Algumas pessoas afetadas selecionam os fios de cabelo objetivamente (cabelos brancos, os que ficam em pé ou os que se encontram despenteados). Outras pessoas arrancam-nos de forma inconsciente e automática, apenas percebendo o gesto mais tarde. Outros sintomas consistem em:

  • Arrancar cabelos em pontos arredondados ou em todo o couro cabeludo, concedendo-lhe uma aparência irregular.
  • Arrancar sobrancelhas, cílios ou pelos corporais.
  • “Brincar” com os cabelos arrancados, passando-os sobre os lábios, colocando-os na boca ou enlaçando-os entre os dedos
  • Alguns pacientes engolem os próprios cabelos arrancados, o que pode causar a formação de um novelo de cabelos (tricobezoar) no estômago ou no intestino, podendo como consequência surgir cólicas ou, mais raramente, obstrução intestinal. 

Tratamento de Tricotilomania

O diagnóstico da tricotilomania é feito através da descrição do comportamento. O tratamento realiza-se através de:

  • Terapia comportamental cognitiva, que visa eliminar comportamentos estabelecidos e adquirir comportamentos novos.
  • Toma de antidepressivos. 

Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar, José Ramos Osório. 

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