Cinco doenças oftalmológicas a que deve estar atento

Quotidiano
Última atualização: 19/08/2022
  • Os problemas de visão afetam uma porção significativa de pessoas em todo o mundo mas são, em muitos casos, evitáveis.
  • A conjuntivite é uma inflamação da membrana ocular e que pode ser contagiosa.
  • Com a idade, surgem habitualmente as cataratas que podem ser tratadas com recurso à cirurgia.
  • O glaucoma é desenvolve-se inicialmente sem apresentar sintomas, mas é uma das principais causas de perda de visão.
  • Menos grave mas muito incomodativa, a alergia ocular é um problema oftalmológico que requer muitas vezes tratamento farmacológico.
  • O descolamento da retina é uma condição grave e que exige ser acompanhada por um médico oftalmologista.

Uma dor, inchaço ou até uma simples irritação nos olhos são sinais que não devem ser ignorados. Reunimos algumas das doenças oftalmológicas mais comuns para o ajudar a detetar sintomas e perceber quais os tratamentos adequados.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 2,2 mil milhões de pessoas em todo o mundo têm problemas de visão e é expectável que todas as pessoas experienciem pelo menos uma doença oftalmológica durante a sua vida.

As consultas regulares de oftalmologia são essenciais para detetar e evitar o aparecimento de problemas e, no caso de já ser inevitável, colmatar danos maiores. Alergias, cataratas e conjuntivites são algumas das doenças mais comuns, não escolhem género e podem aparecer em qualquer idade.

1. Conjuntivite 

conjuntiviteé uma inflamação da conjuntiva, nome dado à membrana transparente que cobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. É uma das doenças oftalmológicas mais comuns, mas apesar de contagiosa, não provoca problemas de visão. Como consequência da inflamação, os olhos ficam vermelhos e lacrimejantes e podem surgir sintomas como a comichão e secreção. 

Em algum período da sua vida, praticamente toda a gente já teve uma conjuntivite. Mas por razão surgem? As causas podem ser várias e originam diferentes tipos de conjuntivite:

  • Conjuntivite infeciosa: transmitida por vírus, fungos ou bactérias e extremamente contagiosa. Mais comum na infância, está muitas vezes associada a outra infeção.
  • Conjuntivite alérgica: é a mais comum e geralmente provocada por substâncias que provocam alergia, como pólen, o pelo de animais ou o pó da casa. Este tipo de conjuntivite não é transmissível e ocorre mais vezes na primavera e no outono.
  • Conjuntivite de irritação: provocada por contacto com produtos irritantes, como produtos químicos, como por exemplo a tinta do cabelo ou produtos de limpeza, ou até por alguma substância que fique presa no olho. Também não é contagiosa.
  • Conjuntivite devida a problemas estruturais: mais rara, está associada a anomalias da pálpebra ou obstruções no canal lacrimal.

A melhor forma de identificar o tipo de conjuntivite é consultar um médico e, até lá, prevenir o contágio, evitando partilhar objetos que estejam em contacto com a cara, como tolhas ou almofadas. Importante será também lembrar que o tempo de incubação de uma conjuntivite — período durante o qual a pessoa é contagiosa, mas os sintomas ainda não se manifestaram — vai de um a quatro dias e que os primeiros sintomas aparecem já na fase aguda da doença, podendo durar até 15 dias.  

2.Cataratas

A catarata consiste na opacificação do cristalino, uma espécie de lente natural do olho, transparente e que permite a focagem dos objetos tanto ao longe como perto. Quando este perde a transparência e impede a passagem da luz de forma clara até à retina, o doente sofre uma perda progressiva de visão.

A causa mais frequente de catarata ocular é o processo natural de envelhecimento que ocorre, normalmente, a partir dos 45 anos. Nessa altura, e caso se confirme o diagnóstico, é possível que surjam sintomas como visão turva, sensibilidade à luz, diminuição da visão noturna e da sensibilidade às cores. O único tratamento da catarata é a cirurgia, durante a qual essa lente natural mais opaca é substituída por uma lente artificial.

3. Glaucoma

glaucoma surge quando há uma alteração dos fluidos intraoculares e estes se acumulam no globo ocular, com consequente aumento da pressão, que provoca danos no nervo ótico e leva à perda gradual da visão.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o glaucoma é uma das principais causas de cegueira nos adultos no mundo ocidental e estima-se que afete cerca de 7,7 milhões de pessoas a nível mundial.

O glaucoma não apresenta sintomas até fases avançadas (e irreversíveis) da doença, pelo que só pode ser detetado após exames realizados pelo oftalmologista. Este vai determinar qual o tratamento mais adequado, que pode ir desde a aplicação de colírios que controlam a pressão intraocular até tratamentos com laser ou cirurgia.

4. Alergia ocular

Pode não ser uma das doenças oftalmológicas mais graves, mas é com certeza uma das mais comuns e incomodativas. Irritação, comichão, ardor, olhos lacrimejantes e sensibilidade à luz são alguns dos sintomas das alergias, que surgem como resposta do sistema imunológico às substâncias alergénicas como o pólen, o pó, o pelo de animal e alguns alimentos. O ideal, em casos de alergia ocular, é apostar na prevenção e evitar o contacto com aquilo que despoleta a alergia. Quando os primeiros sintomas surgem, um tratamento feito à base de gotas oculares, pomadas oftálmicas e anti-histamínicos pode aliviar bastante o desconforto. O tratamento deve variar consoante a gravidade dos sintomas mas, no caso das gotas, não devem exceder os dois dias de aplicação sem consultar um oftalmologista.

5.Descolamento da retina

A retina é uma fina estrutura de tecido nervoso que reveste a parte interna do olho. Quando a totalidade ou parte da retina se desprende da parte posterior do olho, ocorre o chamado descolamento da retina. Entre os problemas que afetam a visão, este é considerado um dos mais graves. O facto de não provocar dor, vermelhidão ou secreção - como habitualmente acontece com outras doenças oftalmológicas - obriga a estar mais atento aos sintomas, que podem surgir em forma de pontos ou manchas na visão, flashes de luzes ou mesmo perda súbita da visão. Neste caso, a cirurgia é a solução e será o médico oftalmologista a determinar qual a abordagem adequada a cada caso.

Mas tenha em atenção: seja qual for a situação — uma conjuntivite passageira ou um glaucoma mais grave — o importante é não descurar a importância do acompanhamento médico na prevenção de doenças oftalmológicas.

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