Preservação da fertilidade feminina: tudo sobre criopreservação de ovócitos

Maternidade
Última atualização: 10/04/2023

A criopreservação de ovócitos permite a sua utilização posterior nas técnicas adequadas de Procriação Medicamente Assistida (PMA). Descubra mais sobre estas razões por de trás deste procedimento neste artigo.

O que é a preservação da fertilidade feminina?  

A preservação da fertilidade feminina é a criopreservação dos ovócitos da mulher. Efetivamente, a partir de certa idade, a fertilidade da mulher diminui rapidamente ou outros problemas de saúde vêm ao de cima. Nos dias atuais, o casal pode escolher ter filhos mais tarde por muitas razões, incluindo estabilidade financeira e/ou profissional. E apesar da maternidade tardia implicar cada vez menos riscos, ainda existem alguns cuidados a ter.

Embora não seja aplicável em todas as situações, pode-se utilizar os ovócitos criopreservados da mulher caso o casal encontre problemas de infertilidade no futuro. Também existem outras razões que fazem com a mulher tome a decisão criopreservar os seus ovócitos, como estar prestes a se submeter a tratamentos de doenças oncológicas que têm um impacto irreversível na sua fertilidade. Mas não só.

Quando é que esta técnica é indicada?

Este tipo de técnica é indicado nas seguintes situações:

  • Doenças oncológicas;
  • Patologias com diminuição do potencial reprodutivo na mulher (síndrome de Turner, falência ovárica prematura, doenças autoimunes, entre outras);
  • Preservação de ovócitos para um projeto reprodutivo futuro.

Os ovócitos poderão ser armazenados por um período até 5 anos. Após este tempo, o utente deverá contactar a clínica com o propósito de prolongar, ou não, o seu armazenamento. É, contudo, necessário compreender que a criopreservação de ovócitos não garante gravidez após o descongelamento. Caso no futuro, o casal queira ter um filho e não consiga, pode tentar utilizar os ovócitos preservados. Os ovócitos descongelados podem sim ser utilizados na técnica de PMA, fertilização in vitro. A infertilidade é uma realidade para cerca de 48 milhões de casais no mundo inteiro, refere a Organização Mundial de Saúde.

Criopreservação de Ovócitos 

Na obtenção e criopreservação de ovócitos poderá ser necessário realizar uma estimulação controlada do crescimento folicular. Será sempre necessário realizar uma punção ovárica transvaginal para colheita de ovócitos sob sedação analgésica.

Estimulação controlada do crescimento folicular

Este passo tem como objetivo o desenvolvimento e maturação de vários ovócitos, sendo utilizadas várias hormonas gonadotróficas. De forma a controlar a estimulação ovárica são realizadas monitorizações por via ecográfica e análises de sangue.

É de acordo com esta monitorização e com a resposta à estimulação, que é definida uma data para se realizar a punção ovárica e a colheita dos ovócitos. A síndrome de hiperestimulação ovárica pode ocorrer em menos de 1% dos casos de estimulação controlada. Trata-se da dilatação dos ovários e de um aumento da permeabilidade dos vasos capilares. Pode ter sintomatologia leve (que requer vigilância) ou grave (sendo preciso internamento).

Nos casos em que não seja possível realizar uma estimulação ovárica, o Centro Médico de Assistência à Reprodução (Cemeare) dispõe de uma técnica de maturação em laboratório dos ovócitos in vitro.

Colheita dos ovócitos

Este procedimento é realizado por punção transvaginal do ovário com controlo ecográfico, sob sedo-analgesia. O procedimento tem uma duração de cerca de 15-20 minutos e o risco de complicação é residual (0.1-0.2%).

Criopreservação dos ovócitos

Após a colheita dos ovócitos, são removidas as células envolventes. Os ovócitos que estiverem maduros (metáfase II) são criopreservados pelo método da vitrificação. Este método baseia-se na diminuição exponencial da temperatura, sendo para isso utilizados crioprotetores em elevadas concentrações. Os ovócitos ficam armazenados em azoto líquido (-196ºC).

FAQs

Como funciona a punção ovárica?

A punção ovárica (colheita de ovócitos) é efetuada com controlo ecográfico e sob o efeito de uma sedo-analgesia. Este é um procedimento com a duração de 15 a 20 minutos, sendo a paciente normalmente aconselhada a permanecer na clínica 2 a 3 horas após a punção ovárica. 

A punção ovárica é realizada em regime ambulatório ou de internamento?

A punção ovárica é realizada em regime ambulatório.

Existe algum cuidado a ter após o tratamento?

Depois de se proceder à punção ovárica recomenda-se que a paciente seja acompanhada até casa devido à sedo-analgesia administrada. É igualmente aconselhada a manter-se nesse dia em repouso relativo.

Qual a duração média do tratamento?

O tratamento hormonal e punção ovárica poderá durar cerca de 1 semana.

Em que momento é feita a criopreservação de ovócitos?

Após a punção ovárica, os ovócitos maduros serão identificados e criopreservados.

Quando é aconselhada a criopreservação de ovócitos?

Quando existe risco potencial de ocorrer diminuição acentuada da reserva ovárica, seja por patologia grave, seja pela idade.

Qual o local onde irei realizar o tratamento?

O tratamento terá lugar no Cemare — Prestador convencionado AdvanceCare. Informe-se junto do Cemare sobre os médicos que o irão acompanhar ao longo de todo o processo. 

Qual o preço do tratamento?

O preço que irá pagar pelo Voucher “Preservação da Fertilidade Feminina” terá o valor total de 1560 euros.
Inclui: Punção ovárica + Criopreservação de ovócitos. 

Terei de suportar algum custo adicional ao tratamento?

Medicação, ecografias, análises ao sangue, ou a eventual necessidade de apoio psicológico constituem um custo adicional e casual a contratualizar diretamente com a clínica.

Onde deverá ser efetuada a compra? Através da AdvanceCare ou diretamente na Clínica?

A compra deverá ser efetuada na loja online da AdvanceCare. Só deste modo poderá usufruir dos valores convencionados com o Cemeare. Uma vez efetuada a compra irá receber o seu voucher, devendo apresentar o mesmo na clínica no dia da consulta. Através do número 210 127 215, poderá ter acesso a um consultor que o irá apoiar e esclarecer durante todo este processo.

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pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

A presente informação não vincula a AdvanceCare a nenhum caso concreto e não dispensa a leitura dos contratos de seguros/planos de saúde nem a consulta de um médico e/ou especialista.

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