O cancro do pulmão é a segunda causa de morte por doença oncológica em Portugal, este tipo de cancro pode só se manifestar quando se encontra num estado avançado de desenvolvimento. O importante é saber reconhecer quais os possíveis sinais e sintomas.
É o tipo de cancro com maior incidência – por ano, são detetados 1,6 milhões de casos – e o que mais mata em todo o mundo. Em Portugal, refere a Fundação Champalimaud, mata cerca de 3500 pessoas por ano, sendo a maior causa de morte oncológica nos homens e a 4ª nas mulheres.
A poluição atmosférica, devido à combustão produzida pelos veículos a motor ou aos gases emitidos por máquinas industriais, e à exposição a substâncias como o gás radão e o amianto podem estar na origem desta patologia, mas o principal fator de risco é o tabagismo, 85% a 90% dos casos de cancro do pulmão ocorrem em fumadores. A exposição passiva ao fumo do cigarro ambiente também é um fator de risco.
Como em muitas formas de cancro, a existência de uma predisposição genética facilita a ocorrência de alterações celulares que conduzem à doença. Pessoas com tuberculose, silicose ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) também são mais suscetíveis.
Sinais e sintomas
A deteção precoce do cancro do pulmão é dificultada pelo facto de, muitas vezes, os sinais e sintomas demorarem anos a desenvolver-se e só se manifestarem num estadio avançado da doença. Por outro lado, estão longe de ser inequívocos, sendo necessário despistar outras causas, como tumores benignos.
Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e a Lung Cancer Org, podem ser sinais e sintomas de cancro do pulmão:
- Tosse, sobretudo se for persistente e piorar com o tempo.
- Dor constante no peito, ombro ou costas.
- Tosse acompanhada de sangue.
- Alterações da cor ou volume da expetoração.
- Falta de ar, asma ou rouquidão.
- Respiração sonora (estridor).
- Problemas recorrentes, como pneumonia ou bronquite.
Quando a doença se dissemina pode dar lugar a sintomas mais gerais:
- Inchaço do pescoço e rosto.
- Perda de apetite ou de peso sem causa aparente.
- Fadiga.
- Fraqueza extrema e perda muscular.
- Dores de cabeça, nos ossos ou articulações.
- Fraturas ósseas não relacionadas com acidente.
- Sintomas neurológicos (marcha instável, perda de memória).
- Hemorragia, coágulos sanguíneos.
Antecipar o diagnóstico
Os sinais e sintomas, sublinha a LPCC, muitas vezes não estão relacionados com cancro, mas é essencial procurar o médico perante quaisquer alterações de saúde relevantes. O diagnóstico precoce é essencial para maximizar as possibilidades de tratamento bem sucedidas do cancro do pulmão.
A pesquisa das causas dos sintomas passa pela avaliação da história clínica individual e da história familiar de cancro, bem como pelo exame físico do doente. Além disso, existem exames auxiliares de diagnóstico.
Fumadores alerta
Por serem um grupo de risco, os fumadores e ex-fumadores devem estar especialmente atentos e fazer consultas periódicas que permitam identificar lesões de forma precoce.
A deteção precoce do cancro do pulmão permite reduzir a sua mortalidade em 20%, pelo que é fulcral estar atento a eventuais sinais e sintomas e ir ao seu médico regularmente, sobretudo no caso de fumadores e ex-fumadores. Estar atento aos sintomas e ter uma atitude preventiva, adotando um estilo de vida saudável é a melhor forma de evitar o cancro: pratique exercício, tenha uma alimentação equilibrada, limite o consumo de bebidas alcoólicas e acima de tudo, não fume.

Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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