Sim, estou a envelhecer e sorrio!

Menopausa e Andropausa
Última atualização: 11/07/2022
  • O envelhecimento é um processo natural, mas que se manifesta de diferentes formas e em momentos diferentes para homens e mulheres.
  • A menopausa e a andropausa são ainda temas tabus, mas o entendimento sobre os seus sintomas e tratamentos disponíveis é essencial à qualidade de vida na terceira idade.
  • A adoção de um estilo de vida saudável que inclua uma dieta equilibrada e a prática de exercício físico são dicas universais em todas as idades, mas são ainda mais importantes nesta fase da vida.
envelhecimento saudável

Homens e mulheres não lidam de igual forma com os primeiros sinais de envelhecimento, mas são cada vez mais as pessoas que encaram com naturalidade esta nova fase e desfrutam em pleno de tudo aquilo que ainda têm para viver.

Mais do que nunca, o envelhecimento é encarado como um momento cheio de potencial, em que o bem-estar é essencial para que esta fase possa ser vivida em pleno. Homens e mulheres envelhecem de forma distinta e os desafios que enfrentam neste momento da vida são também diferentes, pelo que saber mais sobre esta fase pode ajudar a vivê-la da melhor forma.

Longe de provocar anseios constantes e de significar o fim de uma vida ativa como acontecia no passado, a menopausa é hoje encarada pelas mulheres como uma etapa natural da vida, com a qual se habituaram a conviver sem receios nem pudores. Conscientes de que esta fase pressupõe algumas alterações fisiológicas, as mulheres mantêm-se atentas aos sinais do corpo e munem-se de estratégias para minimizar os impactos da menopausa. No entanto, encarar a menopausa com naturalidade pode constituir a melhor estratégia de sempre.

A menopausa está associada ao fim do período menstrual da mulher e pode ocorrer repentina ou progressivamente. Em algumas mulheres, a menstruação aparece espaçadamente até desaparecer por completo, noutras chega a aparecer 2 vezes no mesmo mês ou simplesmente desaparece de uma só vez para não mais voltar. Com a menopausa, a função ovárica é suprimida e a produção de estrogénios reduzida, subindo a produção de progesterona. Em todos os casos, o procedimento mais adequado pressupõe a consulta do ginecologista, que analisará o historial clínico da mulher e definirá o melhor caminho a seguir tendo em vista a minimização dos sintomas que a mulher poderá sentir na menopausa. Os afrontamentos são o sintoma mais tradicionalmente associado à menopausa e afetam as mulheres sobretudo nos primeiros anos de diminuição do período menstrual. Além dos afrontamentos, muitas mulheres relatam mudanças bruscas de humor, distúrbios do sono e aumento de peso, entre outros sintomas.

Terapia hormonal: Sim ou não?

A maior parte das mulheres que se submeteu a Terapia Hormonal de Substituição (THS) relata uma minimização significativa dos sintomas da menopausa, atravessando esta nova etapa da vida praticamente sem queixas. Segundo os especialistas “a aplicação de moléculas semelhantes aos estrogénios, em concentrações idênticas às existentes durante o ciclo menstrual, é capaz de exercer retroação negativa sobre o complexo hipotálamo-hipófise, situando-se o teor das gonado estimulinas em níveis semelhantes aos que existem durante o período reprodutivo. Desse modo, diminuem os sintomas relacionados com o baixo teor das hormonas ováricas nessa fase da vida da mulher”. Mas nem todas as mulheres podem ser submetidas a terapia hormonal de substituição, uma vez que os estrogénios não estão isentos de efeitos secundários devido à sua capacidade carcinogénea. Daí que antes de se iniciar o tratamento hormonal tenha de se conhecer a história médica e familiar da mulher, que deverá submeter-se a um exame geral e ginecológico para avaliar as possíveis contraindicações e precauções na utilização da Terapia Hormonal de Substituição (THS). Mesmo durante o tratamento são fundamentais exames periódicos e, nas mulheres com fatores de risco, os benefícios da Terapia Hormonal de Substituição (THS) devem ser cuidadosamente avaliados.

Sexualidade em risco?

O possível impacto da menopausa na vida sexual é um receio frequente entre as mulheres, mas esta nova etapa da sua vida não deve interferir em nada com a sua sexualidade. É, no entanto, possível que a mulher sinta que a sua capacidade de lubrificação vaginal diminuiu, o que pode provocar dores ou desconforto durante o coito. Mas, recorrendo a lubrificantes à base de água, a mulher pode recuperar o bem-estar durante as relações sexuais.

No entanto, mulheres e homens não lidam com este assunto da mesma forma, até porque o impacto na vida do casal é diferente. Quando os sinais de velhice começam a manifestar-se com sintomas de andropausa, o homem teme de imediato pelo fim da sua sexualidade. Na verdade, a diminuição dos androgénios, sobretudo a testosterona, pode originar disfunção eréctil ou pelo menos redução da ejaculação e dificuldades em atingir o orgasmo. Daí que as questões em torno do desempenho sexual sejam prioritárias para os homens que começam a vivenciar os primeiros sinais de andropausa, geralmente a partir dos 60 anos. Esta fase é marcada frequentemente por mudanças no desempenho de tarefas do dia a dia, tanto a nível profissional, pessoal como familiar. Por isso, a andropausa é muitas vezes encarada como o sinal do início da diminuição das capacidades físicas e psicológicas. A incidência e frequência dos sintomas varia de homem para homem, podendo alguns homens vivenciar apenas um ou dois sintomas e outros experimentarem todos eles. Há também homens que começam a registar os primeiros sinais da andropausa mais cedo do que a generalidade da população masculina, por volta dos 40 anos.

Alimentação

Importante nesta fase da vida é a atenção que se dá à alimentação. Homens e mulheres registam com frequência um aumento de peso algum tempo após a manifestação dos primeiros sinais de menopausa ou andropausa, daí que sejam frequentes os receios com a tendência para engordar nesta fase. E isto acontece porque as alterações hormonais tendem a provocar um aumento do apetite que, se não for controlado, poderá conduzir ao aumento de peso.

4 conselhos úteis para si

  1. Cuide de si: vigie regularmente os índices de glicemiacolesterol e a tensão arterial.
  2. Faça uma alimentação saudável: mantenha uma dieta variada e equilibrada e corte nas gorduras.
  3. Durma bem: o sono restitui o equilíbrio a todo o organismo.
  4. Faça exercício: além de exercício físico, pratique atividades que estimulem o raciocínio (palavras cruzadas, sudoku, etc.).

Para o homem e para a mulher a receita é a mesma: adotar um estilo de vida saudável que inclua uma dieta equilibrada, pobre em gorduras e em sal, eliminando o tabaco e promovendo a prática de exercício físico. Depois, basta encarar esta nova etapa com um sorriso, pois atravessá-la é, só por si, sinal de vitalidade. E há certamente muito mais para viver.

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