Piolhos: esteja atento!

Maternidade
Última atualização: 19/08/2022
  • Os piolhos são parasitas, de cor castanho-acinzentado que picam o couro cabeludo para se alimentarem (através do sangue humano) e reproduzem-se através de ovos esbranquiçados – lêndeas.
  • Estes são muito frequentes, principalmente em idade escolar e pré-escolar e o seu contágio acontece sempre por contacto direto “cabeça para cabeça”.
  • Embora o seu aparecimento não possa ser prevenido, os tratamentos para a sua erradicação são bastante eficazes.  

O aparecimento de piolhos é muito frequente no regresso à escola e, embora não possa ser prevenido, existem medidas que ajudam a evitar o contágio e medidas eficazes para erradicá-los.

Afinal, o que são os piolhos?

Como explica a Direção-Geral da Saúde, os piolhos são insetos parasitas, sem asas, que precisam de um hospedeiro como o ser humano para completar o ciclo de vida. Estes parasitas, de cor castanho-acinzentado, e que normalmente medem cerca de 2,5 mm de comprimento, são o terror dos pais das crianças em idade escolar e pré-escolar. Picam o couro cabeludo para se alimentarem (através do sangue humano) e reproduzem-se através de ovos esbranquiçados – lêndeas.

De acordo com a mesma fonte, o contágio de humanos por piolhos – que se denomina por pediculose - “é uma condição muito frequente”.

É importante salientar que o aparecimento de piolhos não é sinónimo de falta de higiene: este é uma ideia errada que importa desmistificar.

Diferenças entre piolhos e lêndeas

Os piolhos rastejam e escondem-se na cabeça, habitualmente em zonas mais protegidas e quentes, como a nuca e atrás das orelhas. Normalmente não é fácil observar piolhos vivos, exceto nas infestações muito importantes. Já as lêndeas, os ovos a partir dos quais nascem os piolhos, são ovais, esbranquiçadas e ficam agarradas ao cabelo, mais próximo da raiz do cabelo junto do couro cabeludo. São confundidas facilmente com caspa ou descamação do couro cabeludo.

Depois da eclosão, os piolhos precisam de se alimentar várias vezes por dia de sangue do seu hospedeiro. É por isso que não sobrevivem mais do que 1 ou 2 dias fora do hospedeiro. As lêndeas normalmente não eclodem e morrem fora do hospedeiro no prazo de semana se não estiverem à mesma temperatura do couro cabeludo humano.

Como ocorre o contágio?

Ao contrário do que muita gente pensa, os piolhos não voam de cabeça em cabeça, pois os piolhos não têm asas. O contágio produz-se sempre por contacto direto “cabeça para cabeça” ou através de objetos contaminados, sejam chapéus, pentes, escovas, ou acessórios para o cabelo como ganchos ou elásticos. Poucos dias depois, os piolhos já se multiplicaram e contaminaram as cabeças mais próximas.

As principais queixas

A principal queixa que normalmente crianças e adultos apresentam é comichão e esta acaba por denunciar quase desde logo a presença dos piolhos. Além disso, os piolhos podem por vezes ser visíveis na nuca e atrás das orelhas, visto que as condições de temperatura e humidade nessas zonas lhes são favoráveis. Depois, a sensação de “algo estranho” na cabeça, pequenas feridas, crostas e eczemas são outros sinais bastante comuns. De qualquer forma, convém salientar que estes sintomas podem não surgir desde logo e, por isso, os piolhos só serem detetados algum tempo após a sua chegada.

Tratamentos disponíveis

O tratamento mais eficaz consiste na aplicação de produtos antiparasitários, que existem sob a forma de loção ou champô. Toda a família deve fazer o tratamento e é possível que este tenha de ser repetido alguns dias após a primeira aplicação caso os piolhos não tenham desaparecido. O uso de um pente fino (pente com dentes muito finos e apertados) é essencial para remover lêndeas que tenham permanecido coladas aos cabelos e deve ser sempre desinfetado após ser usado. As instruções de utilização dos produtos devem ser sempre respeitadas, pois estas substâncias são muito fortes e, por este motivo, não podem ser usadas em excesso e, por outro lado podem também ser irritantes para a pele e para os olhos.

Para reforçar o tratamento, a roupa que a criança usou nos últimos dias, a roupa de cama, toalha de banho e de rosto devem ser lavadas a temperatura acima dos 60 graus.

Onde posso comprar os antiparasitários?

Nas farmácias encontra este tratamento sem necessitar receita médica, mas o aconselhamento com médico ou farmacêutico é recomendado. Aconselhe-se com o seu farmacêutico para um uso correto do produto e consequente eficácia. Deve respeitar as instruções, nomeadamente quanto à duração do tratamento e ao intervalo de tempo entre aplicações.

Como prevenir o aparecimento dos piolhos?

A única forma de prevenir os piolhos é os pais estarem atentos e, em simultâneo, ensinarem a criança a não usar/partilhar objetos de uso pessoal como chapéus, pentes, escovas, chapéus ou elásticos/ganchos.

Ao reparar que o seu filho coça a cabeça com frequência use o pente fino para fazer uma inspeção minuciosa, com especial atenção às zonas atrás das orelhas e na nuca. É também essencial que os pais alertem os educadores/professores para o facto de a criança ter piolhos, para que estes possam alertar os outros pais.

Curiosidades…

  • Um piolho deposita 8 a 12 ovos por dia – são as conhecidas lêndeas. Ao fim de 7 a 10 dias nascem novos piolhos, que ao fim de cerca de 3 semanas atingem a idade adulta e podem então depositar mais ovos.
  • O piolho vive em média 30 dias, mas sobrevive menos de 24h fora do hospedeiro.
  • Só as pessoas são infestadas pelo piolho da cabeça. Os animais também podem ter piolhos, mas estes são de outras espécies, que não se transmitem às pessoas. O piolho da cabeça das pessoas também não se transmite aos animais.
  • Os piolhos aderem melhor aos cabelos limpos, sem gordura ou resíduos. No entanto, a falta de higiene no cabelo pode, depois, favorecer o aparecimento de infeções mais graves.
  • Os cabelos compridos são maiores transmissores de piolhos, uma vez que o cabelo longo facilita o contacto com outras cabeças.

Este artigo foi útil?

Conselho cientifico

Conteúdo revisto

pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

A presente informação não vincula a AdvanceCare a nenhum caso concreto e não dispensa a leitura dos contratos de seguros/planos de saúde nem a consulta de um médico e/ou especialista.

Downloads

Consulte os nossos guias para hábitos saudáveis:

Sympton Checker

Utilize a nossa ferramenta de diagnóstico de sintomas.

Programas AdvanceCare relacionados

Artigos relacionados